A cantautora chegou à cidade particularmente cedo - ainda a tempo do almoço. A noite anterior fora fria, e o sol que fez pela manhã, precipitou a viagem. Almoçou, acompanhada por João Vaz Silva, naquele dia no papel de road manager. Pouco depois o Musiquim iria ao seu encontro.
Com tempo de sobra, optámos por passear um pouco pela cidade antes de qualquer gravação. Foi nesse primeiro contacto que ficámos a saber que a afinidade de Erica Buettner com Portugal já não é curta. Faz dois anos que a americana se mudou para cá, apaixonada, e desde então divide os seus concertos por vários pontos da europa. No entanto, Viseu ainda lhe era desconhecido. "It's very beautiful" - ia repetindo, enquanto passeávamos pelo centro histórico... "I had no idea".
O avançar da tarde foi trazendo algumas nuvens negras. Decidimos então ir até ao Museu Grão Vasco. Seria ali que gravaríamos. O Museu, o segundo mais visitado do país em 2012, aceitara cedo nessa semana a proposta do Musiquim e sugeriu até um local onde a Erica poderia interpretar as suas canções: junto ao quadro "Camões e as Tágides", de Columbano Bordalo Pinheiro. A obra de arte, de 1894, foi adquirida pelo primeiro director daquele Museu, Almeida Moreira, a custo de grande esforço pessoal. Afinal, é uma daquelas peças que crescemos a ver nos manuais de História. A sua grandeza impõe-se não só pela história e virtuosismo artístico, mas também pelas suas dimensões. Era o local perfeito. Ali Erica podia ser mais um elemento daquela pintura, talvez outra tágide inspiradora.
No local, os preparativos foram curtos. Um banco, tirar o banjo e a guitarra dos respectivos sacos, desfazermo-nos dos pesados casacos e alguns retoques na maquilhagem. Todos a postos.
A música ia começar e assim foi: Under the Radar fez estremecer todos os presentes, a voz de Erica vibrava pelas salas de forma tão doce quanto arrepiante. Visitantes e parte da equipa do Museu pararam para escutar, atrás das câmaras. "Ela deve ser muito conhecida, não é? Canta mesmo bem", alguém comentava.
Pelo fim do primeiro tema já a cantautora tinha conquistado novos fãs. O segundo tocou-se à guitarra. No Land's Man é música capaz de inspirar qualquer artista daquela e de outras casas. Faltaram apenas os aplausos, que a casa era tímida.
Terminada a intervenção para o Musiquim, aproveitámos o resto do tempo para uma visita ao Museu, que bem merece ser visto, e houve ainda tempo para comer uns viriatos deliciosos – bendito doce típico viseense.
Aos curiosos, podem escutar “True Love and Water”, o primeiro e único álbum até ao momento de Erica Buettner, na sua página oficial.
Com tempo de sobra, optámos por passear um pouco pela cidade antes de qualquer gravação. Foi nesse primeiro contacto que ficámos a saber que a afinidade de Erica Buettner com Portugal já não é curta. Faz dois anos que a americana se mudou para cá, apaixonada, e desde então divide os seus concertos por vários pontos da europa. No entanto, Viseu ainda lhe era desconhecido. "It's very beautiful" - ia repetindo, enquanto passeávamos pelo centro histórico... "I had no idea".
O avançar da tarde foi trazendo algumas nuvens negras. Decidimos então ir até ao Museu Grão Vasco. Seria ali que gravaríamos. O Museu, o segundo mais visitado do país em 2012, aceitara cedo nessa semana a proposta do Musiquim e sugeriu até um local onde a Erica poderia interpretar as suas canções: junto ao quadro "Camões e as Tágides", de Columbano Bordalo Pinheiro. A obra de arte, de 1894, foi adquirida pelo primeiro director daquele Museu, Almeida Moreira, a custo de grande esforço pessoal. Afinal, é uma daquelas peças que crescemos a ver nos manuais de História. A sua grandeza impõe-se não só pela história e virtuosismo artístico, mas também pelas suas dimensões. Era o local perfeito. Ali Erica podia ser mais um elemento daquela pintura, talvez outra tágide inspiradora.
No local, os preparativos foram curtos. Um banco, tirar o banjo e a guitarra dos respectivos sacos, desfazermo-nos dos pesados casacos e alguns retoques na maquilhagem. Todos a postos.
A música ia começar e assim foi: Under the Radar fez estremecer todos os presentes, a voz de Erica vibrava pelas salas de forma tão doce quanto arrepiante. Visitantes e parte da equipa do Museu pararam para escutar, atrás das câmaras. "Ela deve ser muito conhecida, não é? Canta mesmo bem", alguém comentava.
Pelo fim do primeiro tema já a cantautora tinha conquistado novos fãs. O segundo tocou-se à guitarra. No Land's Man é música capaz de inspirar qualquer artista daquela e de outras casas. Faltaram apenas os aplausos, que a casa era tímida.
Terminada a intervenção para o Musiquim, aproveitámos o resto do tempo para uma visita ao Museu, que bem merece ser visto, e houve ainda tempo para comer uns viriatos deliciosos – bendito doce típico viseense.
Aos curiosos, podem escutar “True Love and Water”, o primeiro e único álbum até ao momento de Erica Buettner, na sua página oficial.